m toda a minha não tão longeva vida eu só tive um vício, e hoje curado dele eu posso falar sobre isso abertamente.
Fui um dependente eletrônico por vários anos de minha vida e passei boa parte da adolescência e do começo da fase adulta varando madrugadas de sábado para domingo e perdendo fins de semanas inteiros enfrentando adversários invencíveis e fantasmas nas mais cruéis sarjetas. Eu era tão viciado, que meus familiares chegaram a cogitar internação numa clínica de reabilitação para dependentes como eu, a JA(Jogadores Anônimos), mas mesmo sem nunca ter frequentado uma reunião se quer do grupo, hoje estou curado, livre do vício, e só jogo socialmente. Estou aqui para compartilhar minha experiência com todos os jogadores anônimos que assim como eu, foram ou ainda são VICIADOS EM GAMES!
Claro que não posso dizer que foi uma fase ruim da minha vida essa do “vício”, e posso confessar que adorava passar horas e horas esfolando os dedos no joystick do Super Nintendoou nos controles dos fliperamas do shopping. E quem não gostava?
Conheci os prazeres dos fliperamas ainda na época da escola, e jogos como Street Fighter e Mortal Kombat ainda eram novidades em muitos lugares do Brasil. Só muito mais tarde é que pude desfrutar do conforto de ter um vídeo game em casa (meu velho Super NES ainda repousa tranquilo no quarto) e aqueles foram os melhores momentos de uma adolescência solitária depois das aulas.Na época em que o SNES chegou para alegrar meus dias, curiosamente, minha irmã mais velha trabalhava numa hoje extinta vídeo locadora, que não menos curiosamente, alugava cartuchos de SNES. Era comum que os clientes chegassem reclamando que as fitas não estavam funcionando ou que estivessem empoeiradas (lembra da técnica do assopro?), e vou confessar um trauma terrível que tenho desde então: eu tinha que testar um por um dos cartuchos
Nem preciso dizer o quão sacrificante era ter que testar (jogando, claro) aquela pilha de 5 a 10 cartuchos semanalmente, e como era chato descobrir que a grande maioria deles, não tinha nenhum problema, funcionando perfeitamente! Que tédio!
Joguei nesse período MUITOS títulos de games. Tinham jogos ruins de dar dó dos quais nem me recordo os nomes ou o intuito, mas a compensação é que tinha muita coisa boa no meio, e isso fez com que eu queimasse uma TV de 20” de tanto que castiguei a coitada deixando-a ligada por horas ininterruptas sem pausas para descanso. Sem sombra de dúvidas aquele foi o melhor “trabalho” não-remunerado que já fiz na vida, embora o termo “não-remunerado” não se aplique exatamente ao caso. Quer melhor remuneração do que “ser obrigado” a ficar testando jogos de vídeo game durante tardes inteiras? Bons tempos que não voltam mais!
A seguir a lista dos 10 jogos mais importantes (para mim) da melhor década de todas: a década de 90! 
fonte:
postado por : Geovany
Magnatas Revolutionary
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